A edição desta segunda-feira, 02, do jornal da Rio "Edição do Meio Dias", excepcionalmente na apresentação do radialista Jairo Júnior, tratou sobre a situação de colapso por qual passa a Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Na oportunidade, foi entrevistado o Coordenador do Sintufs (Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação da UFS), Wagner Vieira, que falou das inúmeras cobranças que realizando junto a gestão da UFS. Pedindo soluções para a situação terceirizados e dos prestadores de serviços. "É grave a omissão do governo federal diante do caos orçamentário instalado nas instituições federais de ensino", desabafou.
De acordo com o dirigente, a possibilidade de fechamento do funcionamento da institutição de ensino acarretará um enorme prejuízo para toda a sociedade sergipana, com impacto direto no atendimento à população nos hospitais universitários, na suspensão de pesquisas essenciais para o desenvolvimento regional e na interrupção da formação de milhares de estudantes. Prosseguindo, Wagner revelou que não é um assunto isolado. Mas, algo que atinge universidade e institutos federais de todo o país. "Trabalhadores terceirizados estão recebendo salários e benefícios com atraso, como auxílio-alimentação e auxílio-transporte. Atualmente, estão com três meses de atraso", frisou.
Durante a entrevista, Wagner lembrou que a precarização atinge ainda a estrutura e os serviços essenciais da universidade. Veículos parados por falta de manutenção, prédios com infiltrações, materiais de limpeza em falta, laboratórios com funcionamento comprometido.
"Neste mês de maio, não houve repasse financeiro por parte do governo federal, e não há qualquer previsão de quando isso será regularizado. A universidade está funcionando no limite e, sem recursos, pode ser forçada a suspender atividades. Hoje, só tem R$ 18 reais em caixa", enfazatizou.
Concluindo, Wagner convocou toda a comunidade universitária, movimentos sociais e a sociedade sergipana a se unirem em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. "O colapso das universidades federais não é uma abstração: está acontecendo agora, diante dos nossos olhos e exige reação", concluiu.
Por Elder Santos
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