A Associação Hospitalar de Sergipe, entidade mantenedora do Hospital Nossa Senhora da Conceição, está no centro de uma grave denúncia de inadimplência que pode resultar na paralisação de um serviço essencial à saúde pública: o atendimento de hemodiálise. O Instituto de Vida de Solidariedade Social contratado, responsável pela estruturação e operação do Centro de Hemodiálise e Diálise do hospital, alega que a associação hospitalar não tem cumprido com os pagamentos previstos em contrato, colocando em risco a continuidade do tratamento de centenas de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Instituto firmou um contrato de parceria para a construção e gestão do serviço, tendo realizado significativos investimentos em infraestrutura, além de assumir os custos mensais com o aluguel de equipamentos vitais para o funcionamento do setor. No entanto, a Associação Hospitalar de Sergipe não vem honrando seus compromissos financeiros, deixando de efetuar os repasses contratados nos últimos meses.
Diante dessa inadimplência, a empresa fornecedora dos equipamentos de hemodiálise já protestou os títulos de crédito emitidos, agravando a crise financeira que pode resultar na retirada dos equipamentos e na interrupção dos serviços prestados. Essa situação coloca em risco direto a vida dos pacientes que dependem da terapia de hemodiálise, essencial para o tratamento de doenças renais crônicas.
O serviço de hemodiálise é caracterizado por ser contínuo e indispensável, especialmente para pacientes do SUS que não possuem outra alternativa de tratamento. A paralisação das atividades não só compromete a saúde dos pacientes, como pode levar a consequências fatais.
Diante da gravidade da situação, o Instituto informou o Ministério Público do Estado de Sergipe, solicitando a intervenção urgente desse órgão para que medidas sejam tomadas a fim de evitar a interrupção do serviço. A expectativa é que o Ministério Público atue prontamente para assegurar a continuidade do tratamento, resguardando a saúde e a vida dos pacientes.
A população, sobretudo os pacientes e seus familiares, aguardam com apreensão uma solução para o impasse, temendo que a negligência financeira da Associação Hospitalar de Sergipe coloque em colapso um dos serviços mais essenciais à vida.
